terça-feira, 14 de agosto de 2012


Museu da Mercedez Benz
Geometria sofisticada do Museu sintetiza organizações estruturais e programáticas, resultando em um prédio novo marco celebrando um carro lendário. O modelo geométrico empregue baseia-se na organização do trevo. O programa do edifício é distribuído sobre as superfícies que sobem gradativamente do nível do solo, girando em torno de um átrio central. A experiência começa com os visitantes do Museu até viajar através do átrio para o andar superior de onde seguem os dois caminhos principais que se desdobram cronologicamente à medida que descem pelo prédio. As duas trajetórias principais, sendo um deles o carro e coleta de caminhão e outro de exposições históricas chamados os quartos Legenda, para baixo em espiral no perímetro das plataformas de exibição, cruzando uns com os outros em vários pontos, permitindo ao visitante alterar rotas.
Obra-prima arquitetônica - Com uma geometria inspirada na construção de estradas: a arquitetura em folhas de trevo do novo edifício é uma obra-prima de construção, para a qual foram utilizadas mais de 110.000 toneladas de betão, com uma área coberta de 4.800 m2 e uma altura de 47,5 metros, para um espaço com 210.000 m3.

Só foi possível realizar a complexa estrutura geométrica do Museu devido à utilização das mais recentes tecnologias. Desde os primeiros esboços até à sua concretização, a planta do edifício baseou-se num modelo tridimensional, rectificado mais de 50 vezes durante a fase de construção, e um total de 35.000 plantas de construção. Os elementos especiais de construção incluem espaços abertos de 33 metros de largura, com capacidade para aguentarem o peso de dez camiões. Nas janelas exteriores foram utilizados 1.800 painéis de vidro triangulares, dos quais nenhum é idêntico. Todos os materiais combinam a elevada qualidade com um cariz simples, desde os painéis exteriores em alumínio, aos vidros e pavimento das rampas em parquet.
Uma arquitetura sublime para automóveis exclusivos. É assim que a própria marca Mercedes descreve seu museu em Stuttgart, Alemanha, projetado pelo escritório de arquitetura holandês UNStudio.



  
O edifício possui uma complexidade de idéias traduzidas em formas simples, inteligentes e significativas, viabilizadas pelas mais altas tecnologias de projeto e de construção.
Para Ben van Berkel, um dos fundadores do UNStudio, “agora que estamos cientes de que formas extremamente complexas podem ser realmente construídas, é necessária a introdução inversa da engenharia; então aprenderemos mais sobre técnicas de produção com a finalidade de fazermos essas formas complexas e também com a finalidade de nos disciplinarmos como arquitetos e criadores dessas formas.”
Berkel e sua equipe são incansáveis adeptos e pesquisadores das novas tecnologias e das novas maneiras de se projetar a arquitetura. O Museu da Mercedez Benz é um dos resultados dessa intensa pesquisa.
 




O edifício possui uma arquitetura inteligente e inovadora. O fluxo dos visitantes foi inspirado na circulação em forma de espiral do Museu Guggenheim de New York. Mas o UN Studio foi além do projeto de Frank Lloyd Wrigh - o Museu da Mercedez Benz é mais complexo. Contém uma circulação espiral em torno de três círculos, como se fossem três loops que se entrelaçam, ou como um trevo de três folhas, semelhantes à interseção de algumas vias vizinhas ao terreno. A parte central dessa forma resultante foi, então, removida, de forma a gerar um grande vão no interior do edifício que conecta visualmente todos os pavimentos.
 



O visitante chega até a exposição subindo para o topo do edifício através de um dos três elevadores em forma de cápsula que partem do hall. A partir de mais de 40 metros de altura, ele vai caminhando, descendo suavemente pela espiral, desfrutando das exposições que existem em todo este percurso, organizadas de forma cronológica.

 


O interior do edifício é quase totalmente composto por formas orgânicas. As paredes e os tetos são côncavos e convexos, sendo que a variação dessas curvas ocorre com muita fluidez, oferecendo ao visitante o desfrutar de uma dinâmica espacial bastante intrigante.
Apesar de toda a estrutura pesar mais 110 mil toneladas, o exterior do museu, revestido de vidro e alumínio, transmite uma sensação de transparência e leveza. As fitas de alumínio se intercalam com os mais de 1800 painéis de vidro, dispostos de forma a atrair o olhar do observador para dentro do museu, instigando a sua imaginação quanto ao que existe ali dentro.



 



Os principais materiais utilizados (vidro e alumínio) são os mesmos usados na indústria automotiva. E uma vez dentro dos 16.500m², é impossível não se sentir fascinado com os 160 veículos espalhados. São mais de 120 anos de história. Que tal começar o passeio?
A visita tem início nos LegendRooms. É uma verdadeira viagem no tempo. Em cada sala, que aborda um tema especial, os carros descem rampas e há uma tela com as principais características de cada um.

A seguir, os CollectionRooms mostram a evolução da marca em outros segmentos, como ônibus, caminhões cegonha, ambulâncias, viaturas policiais, etc. Fatos curiosos como carros usados para transportar celebridades também aparecem.
Para terminar, o restaurante um cardápio apetitoso e um brunch imperdível aos domingos. Há ainda a opção de café-bar. E antes de ir embora, vale a pena passar em uma das lojas do museu.

A proximidade do museu com a principal fábrica da Mercedes-Benz em Stuttgart-Untertürkheim cria a ligação entre a tradição e os dias atuais. De acordo com a montadora, "o museu mostra que a indústria de automóveis sempre foi visionária, baseada em força inovadora contínua da marca Mercedes-Benz". As linhas marcantes do design oferecem um olhar sobre o futuro, mas preservam a tradição da Mercedes-Benz, apresentando a empolgante história da marca. 

Esta função dupla está refletida no projeto arquitetônico, de autoria dos famosos arquitetos holandeses Ben van Berkel e Caroline Bos – obra executada em apenas dois anos e meio. O edifício ilustra a composição genética da marca. 

O interior tem por modelo a estrutura de hélice dupla do espiral de DNA que leva os genes humanos. Isto, por sua vez, ilustra a filosofia original da Mercedes-Benz, que é "a contínua invenção de coisas completamente novas para manter a mobilidade pessoal - desde a invenção do automóvel até a visão orientada ao futuro da motorização sem acidentes". 

Dentro do novo conceito de apresentação no museu, criado pelo arquiteto alemão H. G. Merz, os visitantes – em um caminhada de pelo menos duas horas – entram em contato com 120 anos da história do automóvel como uma viagem pelo tempo. Um elevador leva-os ao nível mais elevado do museu, donde duas rotas de visita em espiral descem por nove níveis até o ponto de partida como uma hélice dupla que representa metaforicamente a composição genética da marca. Ao longo da primeira rota existem sete "Salas temáticas". A segunda rota é orientada aos veículos em exposição, reunidos em cinco "Salas de coleção" diferentes. Em separado, o novo museu também documenta a história de veículos comerciais de mais de cem anos da companhia. 







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