O Museu das Ciências Príncipe Felipe, que está inserido no complexo da Cidade das Artes e das Ciências, em Valência, na Espanha, parece um grande animal arqueológico e sua estrutura produz grande efeito
cenográfico. A intenção formal, baseada em um animal pré-histórico com as “costelas” à mostra, é deliberadamente plástica e escultural, e para
tanto, o arquiteto se vale de todos os malabarismos visuais e recursos
geométricos, estruturais e construtivos para alcançar esse objetivo. O museu
foi projetado para aumentar a consciência de forma didática, interativa e
divertida com tudo relacionado á evolução das ciências da vida e da tecnologia.
Onde tudo é gráficamente exibido, com grandes textos, figuras, botões e
experimentos, seu principal lema é “é proibido não tocar”.
Cidade das Artes e das Ciência, Valência, Espanha
O museu mede 220 metros de comprimento, 80 metros de largura e 55 metros
de altura, possuindo no total 42.000 m² de superfície construídos, dos quais
26.000 m² são de exposição. Foram utilizados em sua construção 58.000 m³ de
concreto, 14.000 toneladas de aço e 4.000 cristais de vidro (espalhados nos 26.000
m² de uma estrutura metálica com vidro). Uma superfície de 13.500 m² de espelho
d’água contorna a obra, nos fazendo imaginar que o museu é uma gigante baleia
mergulhando no mar. O museu possui quatro pavimentos, que se apresentam como:
- Pavimento Térreo: este é o lugar onde seus visitantes irão
encontrar a bilheteria e serviços como restaurante e lojas de presentes. Neste
pavimento também se encontra uma seção chamada de Calle Menor, onde existem
algumas exposições permanentes em que a entrada é livre.
- Primeiro Pavimento: este lugar se encontra as exposições de ciências interativas. Estas exposições
são permanentes e incluem a “Exploratorium”, “Theatre of Eletricity” e
“Foucault’s Pendulum”. Seus visitantes também irão encontrar neste pavimento
uma escultura gigante representando o DNA.
- Segundo Pavimento:
este pavimento é conhecido como o “The Legacy of Science (O Legado da Ciência)”.
Ele leva seus visitantes através da vida e descobertas de três cientistas
importantes: Santiago Ramon y Cajal, Severo Ochoa e Jean Daussat.
- Terceiro Pavimento: neste pavimento seus visitantes irão encontrar uma seção chamada “Forest
of Chromosomes (Floresta de Cromossomo)”, dedicada a explicar o DNA e uma seção
sobre todos os super-heróis da Marvel. Aqui é também onde se encontram as
exposições temporárias.
A arquitetura do museu é marcada pela forte inspiração e repetição de
formas orgânicas principalmente das formas da anatomia humana e da natureza.
Detalhe da coberta e vista de algumas das entradas. Podemos notar a repetição
Interior do museu. Destaque para a estrutura semelhante a uma árvore
As estruturas de apoio brancas de concreto da fachada virada ao Sul
são preenchidas com vidro e se formos analisá-las, podemos perceber
que Calatrava se inspirou em pessoas de braços e pernas abertas, uma ao lado da
outra.
Esboço que Calatrava fez para associar o corpo humano à arquitetura
Uma das entradas vista do exterior com estrutura que se assemelham a pessoas unidas,
de braços e pernas abertas
Uma das entradas visto do interior
Procurem identificar na implantacao (insercao urbana versus marco visual, relacao com vizinhos, acessos, percursos dos pedestres, usos das areas livres), bem como nas plantas (a localizacao dos espacos de servicos, fluxos dos visitantes versus servicos,dimensoes areas e pe direito )
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